sábado, 27 de novembro de 2010

vive a vida (...)

já não encontro um seguro permanente que me suporte de certas descaídas. Já não entendo o simples reflecti do sol diário que antes tanto me encantava. Já não entendo, não sei entender,  ou, como ei de o fazer. Desconheço certos caminhos pelos quais passei e agora já nem relembro, esqueci-me do sentimento e dos momentos que marcaram em tantas alturas, e agora não passam de cinzas frescas que restam do passado. questiono irremunerável como tão simplesmente posso esquecer coisas tão marcantes da minha vida, e outras, tão básicas, que nunca me deixam! é certo que cada dia aprendo algo novo, poder encerrar os nossos sentidos e sentir-mo-nos tão sós, mas ao mesmo tempo, tão bem. Sentir a natureza abrir o meu corpo e dialogar comigo, entre as brisas mais distintas que há que vagueiam na minha mente, e as águas, desde as mais doces ás mais salgadas que morrem no meu corpo tenso, que se torna tão leve, tão descontraído.  não tenho saudade do que já tive, tenho uma vida que simplesmente construí e que me satisfaz. tenho um presente definido, um futuro inseguro, mas que não me tormenta. hoje, gosto de poder escrever algo, que me faça esvoaçar entre as mais variadas forças que a natureza me pôde dar, e que de certeza, me deixa tão  bem, tão concretizada. é bom viver, a minha vida!

eu sou (...)

criou-se um ser, desconhecido. um inicio prévio, algo desabitado, não entendido, que se deu, simplesmente nasceu. até hoje, nenhum génio irrelevante, inteligente, sub-humano teve uma definição óbvia, aceitada por todos. nenhuma mente pensa da mesma forma, daí as diferenças  de achar, entender e até compreender, alguma definição. consideraria eu, algo, que se move, que age por iniciativa própria, acima de tudo, que pensa por livre vontade. um alguém,  trouxe ao mundo tudo o que hoje existe, tudo o que um ser, como nós, pode ver. não se sabe quem, nem como, aliás, acho que nunca se vai saber, restará a imaginação de cada um de nós fluir e escrever algo assim, para tentar interiorizar as suas próprias ideias. eu mesma, não sei ser, não sei imaginar, a realidade pura. desconheço as dores mais fortes da vida, e sei que a morte é algo que todos temos em conta, talvez por curiosidade, mas ao mesmo tempo um medo que nos aprofunda. custa deixar aqueles que nos marcam a vida, que amamos e sabemos que nos amavam, sem saber ao certo onde estará a sua alma, talvez a sua única parte  que sobreviverá. não sei, não sei mesmo o que a vida é, tenho um certo receio do que possa  ser, e por vezes sinto-me presa por achar que só eu deva controlar-me totalmente, e muitos outros, vivam em função das acções comandadas. cada um, tem várias escolhas, somos livres, a minha, é ser independente, de tudo, de todos, porque o meu corpo, esse, só eu o sinto.  diferencio fortemente uma única característica das pessoas, entre si, não das pessoas, comparadas aos animais, como muitos fazem, sendo assim o amor, quem sabe amar, tem de saber que tudo tem um limite, e por vezes, o amor leva-nos a grandes erros, não tentados directamente com actos, sem sentidos. acredita, podes não ser sub-humano, mas és com certeza mais que qualquer outra pessoa, porque és tu mesmo/a. no meu ser, a cima de mim, só eu mesma ;D

uma estrela

um dia, perante um céu obscuro, repleto de estrelas brilhantes incondicionalidades pela noite, poisei a minha cabeça sobre os meus braços cruzados (...) encorajei cada brilho mais tenso de uma simples estrela, como uma força repleta de coragem, um sentido desconhecido, que cada uma delas possuía, e ninguém sabe! o reflexo do seu esforço, reflectia-se nas pupilas do meu olhar, e absorveu a minha mente solitária, solene, que as entendia e as avaliou.  Imaginei o mundo, pensei na vida, condicionei a morte e defini-a como um final, prévio da nossa força e o esforço que todos nós temos, e fazemos! encorajei a minha personalidade,  fiz dela a minha maior marca, senti toda a força a revelar-se infinita na flor da minha pele,  ninguém sabe o que custa, mas há quem saiba o que é sentir-me vitoriosa!  Num momento, senti todos os sentidos do meu corpo, simultâneamente definirem-me de uma forma certa. compreendi, que eu, era diferente de todos os outros, não pelas minhas opções, sim,  pela forma que penso e pela pessoa que sou. sei, que um dia, todos os meus erros irão ser  perdoados, todas as minhas defesas e acções sentimentais irão ser guardadas, e nada será  em vão (...) porque, cada passo que eu dou, é seguido no coração de um alguém, cada  suspiro que me contrai, é sentido com um aperto forte, em alguém! e, quando nos apercebemos que não passa de um sonho (...) abrimos os olhos, que se revelam mirabolantes perante o  brilho mais natural que algum dia poderia ter sentido. Todos nós, somos simples seres, que também têm sonhos, esses, que para mim, não passam de realidade. só quem luta por um  sorriso e uma felicidade impossível sabe auto-dominar-se! só quem chora por dor e angustia,  só quem estala os pulsos e grita intensamente, sabe o que é ser-se forte! eu admiro, não aqueles que choram e se lamentam, admiro os que olham em frente, e andam de peito erguido,  porque sabem aquilo que valem e que sabem ser! só é fraco quem quer ser, e só não luta  quem não sabe ou não puder. Lavem as faces em lágrimas de força, e que cada um se  auto-defina com uma força interior especial. eu, considero a morte, não um final, mas sim  um ponto de chegada, pelo qual lutamos todos os dias, e que muitos passam ao lado, mas não devem! quando olhar o mundo, espero ver todos os seres, definidos, ilimitados de poder  e concretização dos sonhos, que afinal, não passam de um desafio. Porque, todos nós, temos uma estrela cadente que viaja connosco e nos acompanha, nem que só seja, no pensamento.

passado!

ouves as vibrações secas do meu coração?!
os apertos fortes, trémulos, que precise (...)
a dor, que me prende nesta paixão, 
é como uma mentira que se cria, já não existe!
indefinidas barreiras de sentimento,
que a vida contém, que os dias nos oferece.
eu não vivo mais nesta aflição, neste pensamento (...)
e se fechar os olhos, tudo desaparece!
no dia que nasce, há uma lágrima que me corre no rosto(...)
por algo que me alveja o coração.
Palavras ditas, e frases escritas,
Que percorrem na alma por omissão!
Ainda existe, um medo dentro de mim,
Que me corre nas veias, e se apodera da energia (...)
sentindo cada vez mais que se aproxima o fim,
Oferecendo tristeza, e absorvendo toda a alegria.
Momentos passados, e tenebrosas visões sentidas,
Num pretérito imperfeito que me trás recordações, 
de morte fria e vidas perdidas,
todos os gritos, a dor, e as aflições.
Noites brancas, com peso na consciência, 
Relembrando cada momento vivido
Eu já estaria farta de ver ilegalidade e violência(...)
Desesperando a dor e tudo o que tinha perdido!

incerto

por todas as vezes, em que desconheci
tal poder, que me atormentou, 
algum sentimento me absorveu,
isolei meu corpo, minha mente, desapareci.
mesmo quando não podia ver, foste meus olhos
viste em mim, o que mais ninguém veria
teu poder, me levantou quando não podia alcançar,
pesadelos, e visões que se opunham a cada dia.
foste minha fé, alguém acreditou,
não mudei, não fingi, sou quem sempre fui,
mas hoje, sou quem sou porque esse alguém me amou.
senti as brisas intrépidas, escondi meu coração,
descodifiquei meu tacto, meu cheiro,
toquei o céu, encontrei e senti lá tua mão
é admirável meu reconhecedor tacto, 
criando lágrimas, alegria, tremenda volúpia (...)
reparti meus poderes, aterrorizei com esse facto,
mas o sol que renasce, e cristaliza minha alma (...)
dá-me força, coragem, razão e vitória,
talvez falhasse, ou nem tentasse, por uma palma,
não desisti, reiniciei um plano que elaborei,
com desconhecido conteúdo, sou eu protagonista,
um filme, um sonho, eu já não sei.
acredito na mera ilusão, incerteza (...)
conheço bem essa razão, na qual mudei,
mudou pensamentos, ideias, ventos de firmeza,
alguns, ingénuos, nos quais(...)nunca me fiei.

forever

entras-te na minha vida, tua luz me iluminou
fecha os olhos, e segue teu coração
não dês passos incertos, o jogo ainda agora começou, 
deixa que a tua alma se levante e te guie na escuridão.
reconhece o sexto sentido, sente o sabor
em tempos, aquele corpo que decoras-te
agora, a recordação a que tanto dás valor, 
e no final do dia, já não voltas-te (...)
durante esta noite, não consigo adormecer
guardo meu sonho, e sinto-te em mim
arrepio-me com um suspiro, que não sei entender
acabo por fechar os olhos, e desconheço tal fim.
continuo longe, atravessando a distância,
tu permaneces aqui, perto, ou tão longe (...)
quando o noite caí sinto tua vigilância,
eu desconheço tua existência, serás tu o meu monge? 
e se assim, durar o resto da vida,
não haverá tamanho amor, como quando te amei.
aqueles abraços, olhares, e uma palavra sentida (...)
eu não esqueci, eu guardei, e agora, não sei onde ficarei.
se cair no abismo, um final me aguardará, 
seja bom, ou mau, eu irei só, ficar lá.
forever.

one day (...)

naqueles dias, em que sentes o chão móvel, criar gretas profundas, e o comparas com o teu coração, a soltar a sua fúria de dor, obrigas-te a dar um grito seco, tenso, e  soltar uma lágrima. por momentos, ergues a cabeça, enches os pulmões de ar, e através do oxigénio que os glóbulos vermelhos transportam até ás células, os teus músculos fortalecem e ainda dão uns passos, superam umas barreiras, mas quando olhas para a frente, desistes do caminho desconhecido que se propõe perante ti. o teu corpo, tem limites, e desidrata facilmente, nenhum de nós é Deus, mas também, ninguém é inofensivo, e quando te levantas novamente, sob um grande desafio revés uma recordação marcante na tua vida,  a tua força não mede poderes, recorre ao amor, que vence todos os dias. durante esta prova, um instinto intolerante, alertou de uma imagem que desconhecia, os olhos brilharam e fixaram-se nas nuvens azuis que todos os dias viam, mas desta vez, eram diferentes. o céu estava cinzento, com nuvens umas sob as outras azuis claro, e algumas até brancas,  e por trás delas, via-se um vermelho forte, que o sol elaborou, mas não quis repor perante todos, então, aguardou o momento correcto e disfarçou a sua beleza em tempos quando só o olhar intrépido e regular se atirava aquela imagem. as pupilas fecharam automaticamente, ordenadas pelo cérebro que já se sentia cansado, após tal momento, houve uma cegues que imobilizou a minha mente por segundos, e tornei-me incontrolável. já á muito tempo, que não sentia nada assim o meu corpo destabilizou-se, surgiu um arrepio forte, foi veloz mas mexeu comigo e eu fiquei sem sentidos. deitei-me sob o inseguro, sem medo do lado de baixo do inferno, e não temi o inevitável, deixei-me levar, e até hoje, não sei onde irei parar. Olhei para trás, e bem lá no fundo,  os acontecimentos que me perturbaram, e aquele céu sufocante já não existia (...)

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

M (L)

e quem sabe o dia de amanhã (...) a cada ser lhe é fornecido algo, ao qual chamam, vida! cada um será ciente de lidar consigo mesmo e com a vida em simultâneo. para uns, é uma questão de deixar o tempo passar, para outros, é algo ao que tentam dar uma definição concreta. toda a vida é formada por prazos de tempo limitados, dos quais, dias, horas (...) e por esses prazos de tempo, se seguem alguns tempos formados, nos quais, o passado, o presente, o futuro!
Todos os dias, a nossa mente é um núcleo de informação, na qual se junta essencialmente os momentos e marcas que traçam as nossas vidas, os bons, maus momentos (...) O presente, é aquele que nós definimos, aquele que acontece e nós ainda podemos "mudar". O futuro, é baseado nos sonhos, irrealidades, e acontecimentos onde todos se fiam e quase nenhuns realizam! Eu, não choro o passado como muitos fazem, basicamente, recordo todas as "imagens" mais lúcidas que os meus olhos gravaram na minha mente, e nas visões se recolhem todos os sentimentos que fazem o meu corpo se revolucionam. Não poiso o queixo sob os braços dobrados, não suspiro o oxigénio que os meus pulmões absorveram numa forma de arrependimento,  não lamento os gestos que deixei para trás e os passos mal dados que cometi! todo o ser erra, todo o ser aprende com os erros, todo o ser cresce a aprender.
Presente, uma vida tão distinta em todas as suas faces, todas as personalidades que eu tenho e tantos ou todos  desconhecem, os vértices que me fizeram chegar tantas vezes ao topo e os seus simétricos que me humilharam ao nível mais baixo algum dia alcançado. O passado que vive comigo mas não me tormenta, os arrepios que me definem o corpo apesar de não os interpretar, e todos os sentimentos que tantas vezes ignoro por uma personalidade dura, complicada, difícil  que me define, pela arrogância que crio ao ter um orgulho enorme. Todos os olhares que fazem cegar a interpretação dos  outros, os sorrisos sinicos que fio em muitos e os fazem pensar (...) atitudes que não compreendem e se baseiam no que ouvem dizer! tenho um murmuro que me persegue a vida, uma fama que não me larga por nada, uma enorme inveja criada por tantos que ainda não se encheram, uma grande admiração por outros, e a alguns um desejo de saber o porque, a razão certa de eu ser assim, e como será ser, assim.
o futuro, não o desejo, não o procuro, não o tenciono formar, deixo acontecer. certezas há poucas ou nenhumas,  ninguém adivinha as gotas de água que num segundo se desfazem na crosta terrestre numa noite chuvosa, os raios de sol que invadem a camada de ozono e trazem vitaminas aos seres vivos, ninguém sabe o que, onde, como, quando, e, mais que isso, o porquê?! o tempo mais esperado por todos, o medo de tantos e a incerteza de outros (...) nele,  caracterizo seguramente a minha felicidade! nele, proporciono um monte de inovações e criações inesperadas, nele,  trago o desejo de ser feliz, com quem amo! essencialmente, no futuro, quero-te a meu lado! não sei explicar, mas, quando o nosso passado relativamente ao amor é tão doloroso, quando o nosso coração despedaçado se une em pequenas partículas,  e por fim se constitui de novo, quando após tanto, já não acreditava no amor novamente (...) o meu coração revoltou o  seu sentimento, mais forte que nunca, e não sabendo bem como, desta vez, não o consegui parar, não consegui  ignorar um  sentimento, que no final de contas, seria só mais um, que iria renegar!
 é como se fosse de novo criança e ainda estivesse a aprender a amar, como as crianças aprendem a falar, é como se sentisse a felicidade, como as crianças se sentem ao aprender a andar, é como saber que voltei, como um cego volta a ver! mais que tudo, sou um mudo que volta a falar, e nas minhas primeiras palavras, gritaria ao mundo bem forte sem medo, que estou apaixonada!

amo-te, e mais, não sei.

a minha vizinha x)

eu tinha uma vizinha (...) eis o seu nome: Maria Alice galinha.
tinha um espírito de contradição,
dizia que sim, pensando que não, 
e mesmo sabendo, 
que não tinha razão.

não gosto nada dela,
só me apetece dar-lhe um pontapé, 
para não ser com a panela,
mas fodia-lhe os miolos, e ficava ainda mais tété.

a filha dela dizia:
-MÃE QUERO FAZER XIXIIIIIIIIII!
e ela respondia:
-vai meter uma rolha de cortiça no pipi!


é chata toda a vida, 
sempre a berrar (...)
puta já deve ter o sida, 
já ninguém a consegue aturar!

Ao domingo, fodia-me sempre, 
punha ás 9 da manhã Tony carreira,
sabia que eu estava de ressaca
e que tinha apanhado uma bebedeira. 


era mesmo limpinha,
andava com a roupa 5 dias tais,
para não ser muito variadinha, ´
e as sapatilhas do filho, 3 números a cima, para durar mais!

quando ia para casa (...)
lá a via eu passar na sua mota, 
só me apetecia gritar: BAZA!
porque ela anda toda torta!

parecia um palhaço sem piada,
não sabia metade do que dizia, 
deixava uma pessoa aziada, 
de não saber nem o que fazia.

certo dia, de manhã bem cedo (...)
ia a saltitar buscar o pão, 
com cara de mona, e armada em parva, 
escorregou, e bateu com o cu no chão.

um dia destes vou morrer (...)
tem uma barriga parece uma banheira, 
já nem sei como ei de sobreviver, 
ao ver também aquele cu, tipo uma peneira.

um dia, tentei-lhe dar com um cóio, 
para ver se lhe dava nas trombas.
Mas acertava mais depressa,
naquele decote que carregava aquelas altas bombas.

faço agora disto um objectivo da minha vida, 
eu garanto, que antes de morrer, 
ou morro de morte morrida ou do sida, 
ou terei de a entender!

irrelevante

eu comparei-o em tempos, á força mais fria algum dia conhecida (...) passei por montes e vales, descodifiquei horizontes, com uma raça de vencer tremenda, andei  no inseguro com ausência do presente, e senti-me abandonada, com um futuro intrépido, desconhecido de uma forma alucinante. chorei com a maior raiva presencial num orgulho  medronho que me destruía sentimentalmente, eu venci os fracos e os fortes, com a  personalidade que criei de mim mesma (...) aclamei aqueles que em quem nunca acreditei, resei, por aqueles que já existiram, e agora, desistiram, já sussurrei, por falta de um sentido, que me foi negado! quando me apercebi que transportava uma pedra em gelo revestida de aço e sem sentimentos, ao qual chamava de coração, pensei que nunca mais iria saber amar (...) foi uma dor que me imobilizou, sugou-me todos os sentidos, fazendo de mim, um ser sem sentimento, um "monstro" com uma raiva interior enorme, renunciando os pecados e o amor que não senti!  houve um algo, um alguém que me fez mudar, houve uma personagem que encantou uma historia de luta e de incertezas, e a está a transformar num conto de fadas, houve uma preocupação desse alguém que soube lidar comigo, coisa, que até agora, ninguém soube fazer. aqueceu-me a dor e derreteu um gelo inquebrável em tempos, acariciou o meu ser, e desfez todas as barreiras de qualquer material que me englobavam, compreendeu a minha posição e trouxe-me um sentimento, que o meu coração ignorou, durante tanto tempo. é uma incerteza, é um algo que está a criar em mim, é como se fosse uma nova vida, por um lado, que me faz feliz!
(são pequenas palavras indescritíveis do presente que ela me criou)

das leis, á descriminação

Hoje, cheguei a uma conclusão prévia, a qual andava a estudar a algum tempo.
Após mais uma conversa, desta vez, com adultos, surgiu de novo o tema sobre os homens, as
Mulheres, as famílias, o passado o presente, e o futuro. São várias as opiniões, sinceramente já ouvi de tudo. Hoje, ouvi uma mulher casada com filhos, dizer que sabia que o marido lhe metia os cornos, mas não se prendia por isso, nem lhe fazia diferença. Fiquei á nora, mas ela passou a explicar que para ela um homem só serve para chefe de família e sexo, mesmo que este não seja exclusivo para ela.
Ouvi também mulheres, dizerem que homens, esses, só servem para desgostos, e se mais não fosse, serem dadores de esperma, e ficando por aí (...) bem, são mil e uma as opiniões sobre um homem, vocês sabem, e com certeza já ouviram várias.
Mas, a minha, é diferente de todas (...)
Várias vezes, respondo cinicamente a perguntas do tipo: "como sabes que és lésbica?"
Correspondendo com: "sei, desde que consegui avaliar definitivamente um rapaz (;"
é um pouco parvo, por um lado, mas por outro, é uma realidade (...)eu passo a explicar. Um homem, por mais diferencial que seja de todos os homens, tem sexo por prazer! Que ninguém me diga o contrário -.- Um homem, prende-se a um casamento, e a uma mulher, por amor, sim, em tempos, alguns, nem em tempos, mas todos acabam por estar com uma mulher, num casamento preso, apenas para lhe fazerem TUDO e lhe darem TUDO.
Hoje em dia, um homem não vale nada, como diz a minha mãe: "os homens não passam de parasitas na sociedade que sem nós não valem nada!" as opiniões abstractas são indiferentes, para mim, importa a minha, e começamos pelo inicio do mundo. Consta na Bíblia, que a mulher é feita de um pedaço do corpo do homem, não passando de uma companhia, uma escrava, como se servisse o senhor. Defende a religião o casamento hetero e relações hetero, com que fundamento? Pois, são as tais cenas que ninguém questiona! Mas eu, questiono, oponho-me, e respondo!
Defendem os Padres, Bispos, antigos e indígenas o amor entre o homem e a mulher (...) e porque não defendem o amor entre dois homens? Entre duas mulheres? Será por seguir a tradição que a Bíblia indica, e defender as nossas origens? Ou será apenas porque lhes convém? Não sei, mas para mim, Bíblia, não passa de um monte de folhas escritas por um palerma atolado qualquer que se quis armar em autor de uma comédia romântica (wwoooow *.*)
Podem chamar-me o que quiserem por dizer isto, desta forma, mas é certo! Quem prova que aquilo é verdade, e o que eu digo é mentira? porque defendem eles algo, que não  têm a certeza que existiu, que é assim, que tem de ser assim?! Venham aos montes os ditadores, os religiosos de todo o mundo, venham os navegadores, os escritores, e até os apóstolos de Cristo e os santinhos todos, e que um eles me diga, que não tenho razão, e porque. Não sou contra a igreja, não sou contra o amor hetero, nada disso! Sou sim, a favor do amor, da liberdade de escolha, da igualdade! Não digo estas coisas por mim, digo-as, por pessoas que não têm forças e capacidades para ultrapassar obstáculos que a humanidade cria contra pessoas, que no fundo são totalmente iguais às outras, apenas têm outros sentimentos, e no final de contas, sentimentos, esses, são todos distintos. Apenas defendo os mais "fracos", aqueles a que os ditadores e oponentes da oposição todos os dias tentam "eliminar". É certo, já foi bem pior, já foi pior separarem o mundo por cores, já foi pior, na segunda guerra mundial matarem homens e mulheres homossexuais por acharem que não seriam dignos de criar uma família, tatua-los com triângulos rosa invertidos e abatê-los em campos de concentração!
É a isso, que chamam de justiça?
E a isso, que chamam de igualdade?
Eu não!
O mundo evolui dia após dia, é certo que as mentalidades num modo geral modificam-se e entram na realidade que hoje há! Mas, mesmo assim (...) porque descriminar um negro? Porque simplesmente teve génes dos seus parentes diferentes dos nossos? Pela ciência apontar que têm um tom de pele mais escuro que o nosso? Poupem-me! E porque descriminar um homossexual? Porque simplesmente sente algo que por vezes nem sabe controlar? porque, simplesmente ama uma pessoa do mesmo sexo? POUPEM-ME! Há coisas no mundo incompreensíveis (...) porque chegamos ao ponto de haver pais que batem aos filhos por serem homossexuais? Apenas porque no café os amigos quando souberem vão comentar? Apenas porque a família pode achar inconveniente para a fama do seu nome? Ouçam, isto, é PORTUGAL, ONDE SE FALA DE TUDO, E TODOS! Talvez seja por isso que este é uns pais de merda como o é! Orgulho-me de ser Portuguesa por saber que o povo português é muito bondoso e lutador, mas não é só valores (...) que ninguém diga, que o povo português é o mais falso que pode haver!
São opiniões e mentalidades que têm de ser mudadas! Onde está o cabimento de um pai preferir ver uma filha casada com um homem, nem que seja bêbedo e lhe bata todos os dias, que com uma mulher que a trate bem e lhe de amor? Não há explicação! Porque por a homossexualidade como um defeito em alguém? Isto, é as ideias daqueles que apenas pensam em si, no que possam dizer (...) a minha, mais uma vez, é bastante diferente (...)
As irreverências estão á flor da pele.
Mais uma vez, descrevendo um homem (...) que nome dão a um homem que bebe em excesso, que é casado e passa tardes fora de casa a passear com mulheres, que deixa a mulher e a família em casa sozinha e passa noites, sabe Deus onde, ou melhor, elas sabem, mas por medo, nem dizem! Que tipo de homem é o que chega alcoolizado a casa ás tantas da manhã, faz da mulher uma escrava, e lhe bate mesmo sem razão? QUAL É O TIPO DE HOMEM, QUE DEIXA UMA FILHA?
É por isso que defendem a heterossexualidade? É por isso? Em tempos, um divórcio entre um casal era algo muito vergonhoso, havia milhares de mulheres que sofriam agressões, que trabalhavam para manter uma família, e para poder dar de comer aos filhos, havia vidas e vidas, que só quem por lá passou sabe, apenas para manter um casamento? Uma farsa? Hoje, o divórcio torna-se "moda", porque será? Houve um medo que desapareceu, e agora (...) não há homem que agarre uma mulher! É para isso, que continuam a apoiar a heterossexualidade? Para destruir famílias? Criar suicídios, doenças mentais, infâncias estragadas? (...)
Pois (...)
Não sou contra os casais hetero, não sou mesmo! Sou apenas, contra a mentira! Porque todos os dias, pessoas se casam, pressionadas, sem amar, sem nada sentir, apenas, porque praticamente são obrigadas. e sinceramente, pode quase ninguém saber, pode quase ninguém sentir, apenas nós (...) mas não há amor no mundo, como o amor de um homossexual! E isso, não é mentira, acreditem! Porque, um homem e uma mulher, passam as fazes da vida, normais (...) um casal homossexual, passa por cima de todo o mundo se for preciso, quando se ama de verdade! E digo, com toda a certeza: o amor homossexual, passa de amor, a amizade, a carinho, a felicidade. 

é como o tempo que escorre sem se ver (...)

um dia, parei o tempo, deixei de ver a rotação das nuvens sob a minha cabeça, deixei se sentir a mobilidade do meu corpo em contacto com o solo. respirei fundo, em segundos todo o oxigénio absorvido pelos meus brônquios passaram rapidamente ás células para produzir energia motora. fechei fortemente os pulsos num movimento forte, e seco e senti um aperto subtil no meu coração. desconheço algo mais para além do meu sentido imaginário a partir daí sonhei com tudo o que é teu, me deste, e já não tenho. memorizei, na minha mente, como uma pequena gaveta de um sótão  inutilizável as lágrimas que perdi por erros que o meu corpo não limitou, por mágoas que não tencionava, por saber que o teu coração pedia o meu, e não to entreguei. passou de uma amizade, que parecia evaporar como a água, enquanto o coração se condensava e os meus actos se solidificavam. medi os meus passos e a resolução de todas as contas seriam negativas, não abri mais os olhos, com medo de nesse momento não ter um apoio fixo e cair no abismo, sem ti. deixei o tempo passar, mas encontro-me na mesma posição inicial, imóvel, á tua espera.