quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Quando voltares a abrir os olhos, e estes brilharem, já não estarei cá (…)




Vandark, sinal de docilidade, ternura, concerteza, sinal visível, sentimental. Versátil, tinha os olhos cor do mar, via o mundo de múltiplas formas, e jogava a vida. No seu coração, resguardava o diário de memórias, que todos os dias passava. Simples, nos olhos do povo, constituído, na vida que o aguardava. Tinha uns lábios, cujos contornos perfeitos, e um tom de pele, castanho chocolate. Que aparentava beleza rara, ou simplesmente desconhecida. Interiormente, possuía as imagens rápidas, forçadas ao silêncio, do passado. Mais que um simples rapaz de tom de pele escura, era alguém perfeito, que passava, que vivia, e era disfarçado na invisibilidade. Como todos os adolescentes tinha muitos sonhos, mas necessário, realmente desejado, só tinha um: queria um amigo, para confiar, para poder chorar.
Sozinho, tinha perdido os pais pouco depois da nascença, não tinha irmãos, vivia com a sua avó, já muito idosa, e todos os dias, aguardava o medo do dia seguinte. Definia-se só, falava com o seu eco, interpretava a natureza, admirava todos os seres vivos, independentemente da raça, ou da cor, e como herói, tinha o silêncio, por ser o único, que não magoa com palavras.
Fazia-se noite, mais um dia, chegava novamente o pensamento reforçado de medo pelo desconhecido, que sussurrava na sua cabeça, que atormentava, naquela rua, que só ele conhecia, realmente. Com o casaco apertado até ao pescoço, vaporava a gola, aquecendo o queixo, punha as mãos frias nos bolsos, e pisava os charcos se água parada existentes no caminho, que talvez, até estivessem a ser pisados pela primeira vez.
Os dias eram básicos, faltava às aulas, para poder analisar o mundo, conhecer aquilo que ninguém sabia, e desvendar o que já existia á anos, mas nunca ninguém reparou. Costumava refugiar-se no monte, num local húmido, revestido pela natureza, onde apenas existia as falas que as árvores nos dão, agitando fortemente. Sentava-se na pedra habitual, e via a paisagem mais bela da cidade, onde se inspirava e abria o seu grande dom, desenhava o sentimento. Para além de traços, simples riscos a carvão no papel branco, havia uma mão cuidadosa, que aperfeiçoava todas as curvas e inclinações. Quando o sol se punha, e desaparecia, guardava aquele ao qual interpretava como segredo, e percorria novamente, o caminho, marcado, para casa, deixando lágrimas, de solidão, lágrimas de esforço e incompreensão que marcavam, no caminho. Ao fim da rua, encontrava-se uma luz, a qual ele admirava, como ninguém, talvez, por cintilar, desde o primeiro dia que a viu. Comparava algo tão insignificante, á sua vida, ao seu coração, que batia simplesmente por ritmo cardíaco.
Repassando tudo novamente, de manhã bem cedo, quando o suposto seria chegar ao local onde costumava desenhar, avistou algo. De repente, parecia não haver nada, e apenas restou o abanar dos arbustos pelo vento. Desta vez, desenhou a tom de lápis leve, o vento, os arbustos que escondiam o desconhecido, e a sombra do além daquele que parecia não se desvendar, ou simplesmente do nada. Quando acabou, almoçou o pão mole, que trazia na mochila, embrulhado no papel amarrotado, de já estar assim á algum tempo.
Ao anoitecer, quando se preparava para arrumar o seu desenho, pareceu-lhe ter ouvido uns passos nas folhas secas do carvalho que se situava por cima de si. Tentou ver no escuro, e habituou os seus olhos castanhos-claros, englobados numa circunferência amarela escura, constituinte da beleza daquele olhar, que se denominava, como a coisa mais bela, do mundo. Baralhado, o seu coração bateu forte, como nunca antes, mas sem saber bem porque. Apertou o punho, e sem saber o que fazer, manteve-se imóvel. Os olhos iam-se aproximando, mas continuavam fixos no seu olhar. Com aquela aproximação lenta, aparentou a necessidade de um abraço, de uma mão , amiga. Até que parou, mesmo em frente á sua face. Vandarck baixou a cabeça, e toucou lentamente sob o crânio daquele, que supostamente tinha pêlo, e aparentava a constituição de um lobo, pela conclusão tirada do tacto. Naquele momento, onde o único sentido foi o tacto, pareceu haver algo novo… Na negridão da noite medonha, nenhum deles teve medo, talvez, por um sexto sentido descoberto simplesmente neles, como algo mutuo que se inter-ligou, com o coração. Apesar de um ser animal selvagem, e o outro, um rapaz de pele escura que vivia da solidão, nenhum deles necessitou da visão, para avaliar, do faro, para respirar, da fala, para criticar, condenar, e tirar conclusões exteriores, aquilo ao que ambos estariam habituados. Inexplicavelmente, o lobo soltou um uivar forte, que parecia vibrar a imagem de lua cheia, e Vandarck soltou uma lágrima brilhantina, reflectida no brilhar do sol escondido pela mesma. Para além do medo, Vandark levantou-se lentamente, e sem olhar para trás, correu em direcção a casa, desta vez, deixando bem mais lágrimas no seu itinerário. Sentiu medo, de não conseguir controlar o que nele passou, apesar tudo, era como um sonho tornado realidade. Mas ao mesmo tempo, era tão anormal algo assim acontecer, e a sua cabeça não percebia nada do que se tinha passado. No caminho para casa, Vandarck avistou a luz cintilante, que desta vez, aparentava fortemente manter-se ligada bem mais tempo, como se renascesse. Trocou o olhar, e seguiu em frente sem reparar, que o lobo o tinha seguido até casa. Durante essa noite, dormiu com a vela de cera do quarto acesa, e quando abria os olhos, via o olhar do lobo nas radiações da vela.
O lobo, voltou para o local onde tudo aconteceu, cabisbaixa, com esperança que Vandarck voltasse. No dia seguinte, Vandarck levantou-se lentamente da cama, com receio e desconfiança do próprio silêncio, lançou o seu pé esquerdo no chão com vagareza, e pesou o tapete almofadado, que estava no lado da cama.  Docilmente tocou no cortinado de ceda que a avó lhe teria oferecido no seu aniversário. Os raios de sol amarelos brilhantes, que invadiam pela janela, iluminaram-lhe o olhar, e ficou como cego. Parecia, que mais uma vez o olhar do lobo lhe teria entrado no corpo, e o teria absorvido. Soltando um grito, forte, puxou com toda a força ambas as mãos, uma para cada lado, levando o cortinado de seda juntamente, desfazendo-o em pedaços. Incompreensíveis atitudes, Vandarck deixa-se cair sob a cama e eleva as mãos á cabeça, sem saber o que fazer. Com medo de ele próprio, passa horas em frente a uma parede branca, que nada lhe dizia. Pegou no lápis, e desenhou, algo diferente, desenhou traços fortes que mostravam os raios de luz presentes na vida dele, desenhou também um fantasma sobreposto na sua cabeça, e os olhos amarelos e castanhos-claros que ele decorou tão facilmente. Enquanto desenhava, cansado, poisou o lápis sob a cama, fechou os olhos durante algum tempo, e, quando os abriu, a vela de cera, ter-se-ia apagado, na escuridão, revia o olhar. Quando este pára, os seus ouvidos “ficam surdos” e ouve o uivar forte do lobo naquela noite, desta vez, apenas interiormente. Pela primeira vez, Vandark não saiu de casa durante o dia todo, e ainda se questionava murmurante a razão do porque de tudo aquilo.
O lobo, aguardava sentado na pedra do monte, com a cabeça erguida, reparando e, toda a natureza, e sentia a brisa leve que lhe elevava o pêlo. Num mero instante, as orelhas do lobo ergueram rapidamente. Ouviu o som de um tiro de cartucho das ondas sonoras infiltradas no seu tímpano, e lançou as suas patas para o chão, fazendo exercer os músculos traseiros das patas, que firmes e rápidos, o fizera correr com toda a força. Refugiando-se, no mato que lhe infiltrava a camada da pele, mantinha-se baixo, simplesmente usando o faro e a audição que permitia ter a certeza da aproximação dos caçadores. Passado algum tempo, sente a noite cair, os caçadores teriam ido embora, mas iriam voltar. O lobo, estava fraco e com fome e o rapaz não teria voltado. Nessa noite, o lobo saiu para caçar, algures perto da rua da cada de Vandarck, deixando restos e pistas do que teria passado. O sol voltava a nascer, e Vandack levantou-se rapidamente da cama, após ter reparado pela janela que mulheres na rua se queixaram de que haveria um lobo selvagem á solta. Vestindo-se á pressa, começou a correr em direcção monte, mas quando lá chego, restava as folhas que voavam das árvores, soltas pelo vento forte, o musgo húmido que era espremido a cada passo, e aquele aroma que há quando chove muito. Como se fossem procuras atraídas, ambos passavam por tudo, para poder rever um olhar, e no fim de tanto esforço, encontravam-se na solidão, rodeados pelo vazio, que nada lhes dizia, Vandarck imaginou o fim, a morte e não evitou… Deixou-se cair no chão com os joelhos no musgo húmido, sem crer, solta uma lágrima cristalina, redonda, que cai no topo de uma folha curvilínea, percorre-a e reveste-a com as suas características possuístes. Impaciente, reverente de toda a dor, chorou bem forte, poisou as mãos sob as pernas e apertou com toda a força, tinha a face lavada em lágrimas, ergueu a cabeça, e gritou bem alto: “-Dá-me o mundo, dá-me a vida, que nunca conheci”. Mutuamente, ou não, o lobo, longínquo sentiu tudo, como se fosse nele mesmo, sem pensar, soltou a força de animal que havia em si, e correu como ouço pelos vales e planícies, saltou sob muros, nadou atravessando o rio, e num suspiro, num momento, Vandarck abre os olhos brilhantes, e á sua frente vê o lobo. Este, com um olhar predador, que poisa na sua cabeça no ombro de Vandarck, deixando-se abraçar por todo o carinho. Dali, cresce o amor, cresce a razão de viver, acima de tudo, cresceram juntamente. Quando Vandarck lhe passa a mão no pêlo cinzento húmido da chuva, com tons prateados, e lhe enfrenta o olhar, o lobo passa-lhe a língua no rosto lavado em lágrimas. Nojento? Não. Seria o inicio de algo maravilhoso, quando Vandarck chora pela primeira vez de alegria, agarrado aquele que mutuamente era o seu melhor amigo. Incompreensivelmente, aparentam ambos, um falcão, que sobrevoava no céu negro, transformou as nuvens escuras em azul forte, como os olhos de Vandarck, e os raios solares que se comparam aos contornos do olhar do lobo. Na presença do silêncio, tudo interiormente se sentiu, quando o rio das chuvas se tornou límpido, reflectindo o sol. Quando a lágrima deixada por Vandarck que em tempos percorreu a folha brilhou bem forte, e se desfez, como um cristal. As horas passavam, e nenhum deles deixaria de interpretar o olhar que os absorvia, acabaram por adormecer ali, juntos, abraçados, sozinhos, e ao mesmo tempo tão seguros. Ao amanhecer, quando Vandarck acorda com o chilrear dos pardais que por ali vagueiam, encontra-se só, o lobo já não estaria lá. Infeliz, vagueia pelo monte, sozinho ou simplesmente acompanhado pelo seu ser, vê e revê todas as características que o mundo forneceu, e ninguém reparou, apesar de modificarem dia após dia. Nessa noite, o lobo foi atacado. Os caçadores furtivos em grupo, avistaram-no no monte e um deles atingiu-o numa perna. O lobo ferido, conseguiu fugir, mas não muito longe. Refugiou-se numa gruta e ficou lá até ao próximo amanhecer. No dia seguinte, quando Vandarck volta ao monte á procura do lobo, ouviu o seu uivar, fraco, de quem se sente fraco, e precisa de ajuda. Seguindo o som, acabou por encontrar o lobo ferido, deitado com a cabeça sob o solo e o pêlo encharcado de sangue. Teria a perna traseira bastante abatida, com cara de quem precisa de ajuda, mas não pede, tenta-se levantar, e forçar-se para se por a pé. Tinha o focinho com caminhos de lágrimas perdidas durante a noite e olhos brilhantes de chorar. Vandarck pegou nele, e levou-o para casa, sem saber o que fazer. Quando chegou, decidiu tentar curá-lo com uns desinfectantes e ligas, apesar de mancar bastante e não ter força suficiente, o lobo conseguia andar. Naquele dia, o rapaz escondeu o lobo em casa, e prometeu deixá-lo lá até ficar totalmente curado. No instinto animal, aquele que ninguém percebe, o lobo sentia que não merecia tanto. Via num adolescente, uma vida tão incompleta, que agora, se resumia á sua própria vida. Ao contrário do homem, o lobo pensou primeiro no seu amigo. Nessa noite, enquanto Vandarck dormia, saiu de casa, fraco e com a ferida infeccionada, abandonou-se ao fundo da rua, aquela que nunca ninguém teria percebido, aquela, que agora teria uma história. Fraco, o lobo deitou-se ali, ao fundo, sozinho, debaixo da chuva que caia, fortemente. E ao fim de algum tempo, deixou a cabeça bater forte no chão, fechou os olhos, e morreu. Quando Vandarck acorda a meio da noite, encontra restos de sangue no soalho do quarto, e o lobo já não estava ali. Correu, forte, em direcção aos pedaços de sangue e deu com o lobo ao fundo da rua, caído, no charco de água, em sangue, estava morto. Vandarck deita os joelhos no charco, e agarra-se ao seu amigo, implorando a Deus a vida dele. Desta vez, Vandarck olhou para o céu, e sentiu a falta da lua, sem compreender, reparou na luz cintilante que havia naquela rua á anos, cintilava mais devagar que nunca. Deixando-se abraçado ao seu amigo, a chorar, restou o ultimo olhar, desta vez sem o olhar do lobo, e quando se apercebeu, abriu os olhos pela última vez, brilharam pela dor, e ele já não estava cá. Vandarck, acabou por morrer de frio naquela noite, ao lado do seu companheiro. Dali, restou a luz ao final da rua, que cintilava cada vez menos, e se acabou por apagar, para sempre.

mesmo no final da morte, não morrerei!

Sou um ser inexplicável, sem razão de ser definido, simplesmente um referente preventivo que me diz ser um "alguém". Desconheço-me a mim mesma, mas reconhecem-me, reconhecem o tipo de referência da minha alma. Não sei como, nem a definição certa que vêem em mim, acho que simplesmente, não passa de revelações disfarçadas que se constroem, não passando do fruto da imaginação. Olho-me ao espelho, e vejo o lado posterior do vidro, vejo a transparência reflectida do ar, e a imagem do nada. Tento sentir o vento, e vibro com o orvalho do insistente, irreverente lágrima do rosto que se dá como  mais uma gota de chuva, perdida, desalojada, só, no abismo. Gritos, ondas sísmicas, envolvidas no remoinho do vale,  engolidas pela pressão, desaparecidas, em vão. Ouvi o suspiro, eco da dor interior do meu coração, batimentos quentes,  no meio do inexplicável, fortes, com poder de vida, com medo da morte. Mente intima, rusgando todas as explicações impossíveis, construtivas, mas simples possibilidades da ficção. Senti, a mão do "ninguém" limpar-me as lágrimas do rosto,  o suor do peito escorregadiço na pele límpida e lisa, como a água dos céus das trevas que se espalhava, concentrada, simplesmente em mim. "Ardi nas chamas do inferno", perdi o toque do meu corpo, e qualquer tipo de sentido, deixei de controlar a mente, reverente do meu único apoio da concentração. Fechei os olhos, tendo como imagem, o vermelho da morte reflectido no preto da noite, no preto, da escuridão. Deixei uma lágrima, como uma esperança do "próximo escolhido", deixei um aviso, deixei algo de mim, para puder mudar algo de todos. Dei a "vida", pela vida de um alguém, dei o sexto sentido, apenas possuído por mim, para o receberem. Deixei ainda, o coração em sangue a bater no meio das cinzas, deixei a mente com toda a história da minha vida, e agora, espero que um dia, encontres, e guardes essas partes de mim.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

era uma vez (...) um poema bué rude xD

Bate, bate, acabas, e, pede, deseja, toca(...)
põe a mão no peito, sente o coração e pede-me a mão,
mais tarde, deita-me, domina, controla, e beija-me a boca.
ei puto, sou mais que tu, mais que todos, e tudo o que faço não é em vão.
toco, naquele dominio precistente, força, do quente
que tu desejas, pedes mas não tens, não passando de ilusão
mesmo sem amor, domino, e garanto, que sente por mim, o que por ti não sente
gosto de engatate, noite, musica e de quem me bate (...)
Que sabe o sabor do meu corpo, e os contornos do amor
as noites, e as brincadeiras da sedução,
quanto ao resto, não sei, mas tem grande valor.
depois do toque, vem o aperto que me tormenta o coração.

entende o meu sentimento, eu entenderei o teu.

Num simples momento, senti-te renunciando todas as coisas que poderias ter saboreado, eu relembrei os tempos eu que por um lado "morres-te para que eu pudesse viver". Mesmo sem a coragem, embarcas-te comigo numa aventura, na qual sabias não ter retorno. Apreciei todo o teu  esforço, compartilhei o meu corpo contigo e por ti repetia tudo outra vez. Sabíamos que viriam perigos incontáveis, terrores e males, temia o desconhecido que se afigurava pavoroso. Todas as coisas grandes e duradouras que até hoje se fizeram envolver a um acto semelhante seriam vencidas e jamais renascidas. Toques e palavras que só existem uma vez na vida, tensos e temidos, repetiam-se mutúamente vezes inumeraveis. Sintomas, lágrimas de alegria contornavam-me os olhos, o  tremer do meu corpo que pedia auxilio do teu amor, e o coração trémulo comungando o medo. O silêncio apoderado, o teu toque que se fazia sentindo, eu junto a ti, teria toda a seguridade do mundo. Reconheci todas as expressões do teu rosto, auxilio das minhas lágrimas,  o teu suspiro forte criava afecto entre o nosso corpo, enbelezando todo o momento. Eu chorei por amar, criei em tempos um medo do passado e deste-me todo o presente seguro. Deixei-te liderar e confiei em ti todo o meu ser,  limitei-me a encostar lentamente a cabeça no teu ombro, até que uma lágrima caisse. O meu coração bateu mais forte que nunca, pelo amor poderoso pelo sentimento da tua alma vencedor das nossas vidas, que nos permite ser felizes. Tivemos em tempos, uma mente repleta de desejos, havia pedidos no vazio sendo engolidos pelo silêncio, e momentos relembrados mutuamente pelo medo de serem desvendados. Tudo com o cuidado total, o medo que ia avisando e não tencionava repeti-lo. Aventuras há muitas, esta é a nossa, e só nossa, orgulho-me a cada segundo que tenha tudo sido assim, repeti vezes sem fim a mim mesma que iria mudar, e não te ia magoar, nunca. Chorei bem forte em frente ao relento, culpei-me inocentemente com toda a força por meras discuções, pedi para voltar atrás, pelo menos só uma vez, até pedia um sorriso, em troca da minha vida. Sou alegre e sou feliz, sinto-me concretizada pelos sonhos de toda a vida, remencionei tremendas vezes o nosso "para sempre" e caricaturei o teu nome em sangue no meu coração, para que de uma sicatriz mortal, ouvesse um  desejo. Posso não dizer que talvez não acabe, mas o que tu marcas-te jamais alguém marcará, e levarte-ei para sempre no meu coração, pelo menos, porque sonhei, que em mim, o alimento do meu sangue que desenvolve o coração e cria amor, foi criado por ti. Desconhecia inesplicaveis atitudes, acontecimentos inesperados e cenas não programadas, nem sempre tudo era um mar de rosas, mas ia-se tornando á medida que o tempo passava, á medida em que, em cada beijo havia mais a dizer e a explicar. Dia após dia sentimentos reinantes de um choro tornar-se-iam alegria, felicidade, esperança. Imensas vezes, se visses, o meu amor da minha mágoa, a tristeza que causou, verias os meus olhos rasgos de água. Imaginava deliberadamente razões incintestáveis, incertas talvez, apenas por uma razão que faltava dares-me. Talvez opções, talvez meros acontecimentos da natureza, mas certamente algo que magoava, algo que em ti, eu desconhecia, ainda. Posso dizer, inseguramente, que não sei se confias em mim.

O amor, e o mar.

Pelas areias soltas, movediças e insolentes, corria uma brisa, movendo todo o areal todas elas ficaram loucas e levantaram juntamente com o vento. O sol transmitia  os seus raios directos, que atingiam toda a praia, sem dó nem mágoa daqueles seres vivos inofensivos. Plantas no topo do areal cresciam somente com a sua luta dura pela sobrevivência, sem escolha ou opção de mudar. Aquelas ondas, engoliam a terra, manifestando seu território dominando por completo tal imensidão. Tentei ainda desvendar e decifrar todo o segredo guardado ao fundo do mar, toda aquela beleza decorada com todos os tons de azul. Havia uma pequena gaivota sobrevoando os céus, limitando-se a sobreviver num local onde ninguém apreciava seu esforço. Pelo contrário, mudei o meu pensamento, e relembrava a todo o momento o meu passado, onde num dos capítulos do livro da minha vida se destacava a negrito profundo o teu nome, o nosso amor, a nossa história, os nossos momentos(...) Fiz das rochas maciças e revestidas de poder, que invadiam pelo mar dentro,  uma comparação, na verdade, igualmente entrei na tua vida e reinei no teu coração, agora deixa-me vencer tal como as rochas prescistem e vencem neste mundo. Fiz da nossa vida um cofre, ajudaste-me e deciframos todos os códigos do amor, criamos o nosso próprio inigma, e prometi guardá-lo bem forte, para nunca mais me deixares. Todo este pensamento, iniciado dum simples beijo acresceu uma chama em mim, aquela chama que contigo se mantinha acesa para toda a vida, e sem ti, acabaria por se apagar facilmente. Porque és a chama que me aquece no mar, porque és a droga que me consome, porque  és o capitulo mais lindo da minha vida.

domina-me o corpo, que mais ninguém soube controlar (...)

Sinto cada vez mais que algo mudou, reconheci muitas vezes que errei em tudo, e pensava cada dia como haveria de mudar em relação a ti, sem magoar todos os outros que me rodeiam. Questionava-me a mim mesma ,cada atitude incontrolável que me precepitava e acabava por acontecer. Imaginava mais tarde, cada momento perfeito, e cada sentimento passado contigo, algo tão lindo, algo tão delicado que me tocava no coração, e me fazia tremer todo o corpo com um simples toque, onde eu tinha cada vez mais medo de errar e ia dominando lentamente, tendo sempre a situação controlada, para que nada acabasse mal. Um simpes olhar, era-te dado com receio, e um minimo aproximo já representava um grande passo, até que te tocava no rosto e sentia toda a perfeição do teu corpo que, tremia com um momento de sedução, e ia acabar por passar de um simples toque e passar a um sentimento incontrolavel que domina por completo todo. O nosso olhar apróximava-se, e cada vez mais, já não sentia que algo ia avançando naquele momento, apenas sentia o nosso apróximo lento olhando-te fixamente, passando a mão com toda a delidadeza em ti, até que fechavas os olhos, e já só sentia o contorno dos teus lábios seduzirem os meus. Apartir dali, já não tinha pensamento nem imaginação tudo aquilo absorvia o meu ser, e dominava por completo o meu corpo com um simples olhar.
Sentia a minha mão avançando cada vez mais, e já sem o dominio dela ia reparando no tacto que sentia todo o teu corpo sem uma única peça de roupa. Começava a deixar-me ir, e o teu aperto no meu corpo a cada momento mais forte era constante, a tua mão que me agarrava por completo era como um botão que comandava tudo o que ia passando. Abri os olhos, e vi em ti um brilhar tão perfeito, que me marcou mutuamente, a minha mão estava humida de percorrer todo o teu corpo sem dignidade, e via-te fazer provocações silênciosas seguidamente, até que me beijavas novamente e tudo voltava . Respirava fortemente por cada palpite dado no escuro que me dizia para fechar os olhos outra vez, e deixar-me levar até ao fundo do mundo, o meu coração desligava-se por completo, e depositava em ti toda a confiaça sem ficar com um único desconfio escondido.
O meu atrevimento era cada vez maior, e depois de já ter chegado onde queria senti mesmo com todas as forças que conseguiste deixar-te levar comigo e eu contigo, sem a minima noção do que poderia acontecer, apenas deixamos passar e tudo aconteceu naturalmente.

controla o que acontece, permanece!

Beijos que aquecem, no seu momento nupcial
acontecem, e repetem-se (...)
amorosamente sobre os seus tenros lábios,
e o amor (...)
batimentos vermelhos, encarnados no sentimento verdadeiro
rumor do limite e do topo da compaixão
murmuros, pedidos mútuos, silênciados pelo magnifico
volúpia de agonia e movimentos inesplicáveis
morre em cada aperto, elevação inaugural
abre-se o corpo que ama na conciência nua
e o toque é o instante que mais sente
ó seios e peitos rugados por deus
ó silêncio sobre o estrépito de amorosas explosões
em questões de anónimo emplexos
a multipa tensão na extenção dos músculos defenidos
o teu brilhar nos olhos,cintilante no negro da noite
ó pobre pensamento, indecência adolescente,
se perde de repente, que longínquo, quase ausente
é o momento, desejado no tempo, acontece no presente, e permanece.

sábado, 27 de novembro de 2010

vive a vida (...)

já não encontro um seguro permanente que me suporte de certas descaídas. Já não entendo o simples reflecti do sol diário que antes tanto me encantava. Já não entendo, não sei entender,  ou, como ei de o fazer. Desconheço certos caminhos pelos quais passei e agora já nem relembro, esqueci-me do sentimento e dos momentos que marcaram em tantas alturas, e agora não passam de cinzas frescas que restam do passado. questiono irremunerável como tão simplesmente posso esquecer coisas tão marcantes da minha vida, e outras, tão básicas, que nunca me deixam! é certo que cada dia aprendo algo novo, poder encerrar os nossos sentidos e sentir-mo-nos tão sós, mas ao mesmo tempo, tão bem. Sentir a natureza abrir o meu corpo e dialogar comigo, entre as brisas mais distintas que há que vagueiam na minha mente, e as águas, desde as mais doces ás mais salgadas que morrem no meu corpo tenso, que se torna tão leve, tão descontraído.  não tenho saudade do que já tive, tenho uma vida que simplesmente construí e que me satisfaz. tenho um presente definido, um futuro inseguro, mas que não me tormenta. hoje, gosto de poder escrever algo, que me faça esvoaçar entre as mais variadas forças que a natureza me pôde dar, e que de certeza, me deixa tão  bem, tão concretizada. é bom viver, a minha vida!

eu sou (...)

criou-se um ser, desconhecido. um inicio prévio, algo desabitado, não entendido, que se deu, simplesmente nasceu. até hoje, nenhum génio irrelevante, inteligente, sub-humano teve uma definição óbvia, aceitada por todos. nenhuma mente pensa da mesma forma, daí as diferenças  de achar, entender e até compreender, alguma definição. consideraria eu, algo, que se move, que age por iniciativa própria, acima de tudo, que pensa por livre vontade. um alguém,  trouxe ao mundo tudo o que hoje existe, tudo o que um ser, como nós, pode ver. não se sabe quem, nem como, aliás, acho que nunca se vai saber, restará a imaginação de cada um de nós fluir e escrever algo assim, para tentar interiorizar as suas próprias ideias. eu mesma, não sei ser, não sei imaginar, a realidade pura. desconheço as dores mais fortes da vida, e sei que a morte é algo que todos temos em conta, talvez por curiosidade, mas ao mesmo tempo um medo que nos aprofunda. custa deixar aqueles que nos marcam a vida, que amamos e sabemos que nos amavam, sem saber ao certo onde estará a sua alma, talvez a sua única parte  que sobreviverá. não sei, não sei mesmo o que a vida é, tenho um certo receio do que possa  ser, e por vezes sinto-me presa por achar que só eu deva controlar-me totalmente, e muitos outros, vivam em função das acções comandadas. cada um, tem várias escolhas, somos livres, a minha, é ser independente, de tudo, de todos, porque o meu corpo, esse, só eu o sinto.  diferencio fortemente uma única característica das pessoas, entre si, não das pessoas, comparadas aos animais, como muitos fazem, sendo assim o amor, quem sabe amar, tem de saber que tudo tem um limite, e por vezes, o amor leva-nos a grandes erros, não tentados directamente com actos, sem sentidos. acredita, podes não ser sub-humano, mas és com certeza mais que qualquer outra pessoa, porque és tu mesmo/a. no meu ser, a cima de mim, só eu mesma ;D

uma estrela

um dia, perante um céu obscuro, repleto de estrelas brilhantes incondicionalidades pela noite, poisei a minha cabeça sobre os meus braços cruzados (...) encorajei cada brilho mais tenso de uma simples estrela, como uma força repleta de coragem, um sentido desconhecido, que cada uma delas possuía, e ninguém sabe! o reflexo do seu esforço, reflectia-se nas pupilas do meu olhar, e absorveu a minha mente solitária, solene, que as entendia e as avaliou.  Imaginei o mundo, pensei na vida, condicionei a morte e defini-a como um final, prévio da nossa força e o esforço que todos nós temos, e fazemos! encorajei a minha personalidade,  fiz dela a minha maior marca, senti toda a força a revelar-se infinita na flor da minha pele,  ninguém sabe o que custa, mas há quem saiba o que é sentir-me vitoriosa!  Num momento, senti todos os sentidos do meu corpo, simultâneamente definirem-me de uma forma certa. compreendi, que eu, era diferente de todos os outros, não pelas minhas opções, sim,  pela forma que penso e pela pessoa que sou. sei, que um dia, todos os meus erros irão ser  perdoados, todas as minhas defesas e acções sentimentais irão ser guardadas, e nada será  em vão (...) porque, cada passo que eu dou, é seguido no coração de um alguém, cada  suspiro que me contrai, é sentido com um aperto forte, em alguém! e, quando nos apercebemos que não passa de um sonho (...) abrimos os olhos, que se revelam mirabolantes perante o  brilho mais natural que algum dia poderia ter sentido. Todos nós, somos simples seres, que também têm sonhos, esses, que para mim, não passam de realidade. só quem luta por um  sorriso e uma felicidade impossível sabe auto-dominar-se! só quem chora por dor e angustia,  só quem estala os pulsos e grita intensamente, sabe o que é ser-se forte! eu admiro, não aqueles que choram e se lamentam, admiro os que olham em frente, e andam de peito erguido,  porque sabem aquilo que valem e que sabem ser! só é fraco quem quer ser, e só não luta  quem não sabe ou não puder. Lavem as faces em lágrimas de força, e que cada um se  auto-defina com uma força interior especial. eu, considero a morte, não um final, mas sim  um ponto de chegada, pelo qual lutamos todos os dias, e que muitos passam ao lado, mas não devem! quando olhar o mundo, espero ver todos os seres, definidos, ilimitados de poder  e concretização dos sonhos, que afinal, não passam de um desafio. Porque, todos nós, temos uma estrela cadente que viaja connosco e nos acompanha, nem que só seja, no pensamento.

passado!

ouves as vibrações secas do meu coração?!
os apertos fortes, trémulos, que precise (...)
a dor, que me prende nesta paixão, 
é como uma mentira que se cria, já não existe!
indefinidas barreiras de sentimento,
que a vida contém, que os dias nos oferece.
eu não vivo mais nesta aflição, neste pensamento (...)
e se fechar os olhos, tudo desaparece!
no dia que nasce, há uma lágrima que me corre no rosto(...)
por algo que me alveja o coração.
Palavras ditas, e frases escritas,
Que percorrem na alma por omissão!
Ainda existe, um medo dentro de mim,
Que me corre nas veias, e se apodera da energia (...)
sentindo cada vez mais que se aproxima o fim,
Oferecendo tristeza, e absorvendo toda a alegria.
Momentos passados, e tenebrosas visões sentidas,
Num pretérito imperfeito que me trás recordações, 
de morte fria e vidas perdidas,
todos os gritos, a dor, e as aflições.
Noites brancas, com peso na consciência, 
Relembrando cada momento vivido
Eu já estaria farta de ver ilegalidade e violência(...)
Desesperando a dor e tudo o que tinha perdido!

incerto

por todas as vezes, em que desconheci
tal poder, que me atormentou, 
algum sentimento me absorveu,
isolei meu corpo, minha mente, desapareci.
mesmo quando não podia ver, foste meus olhos
viste em mim, o que mais ninguém veria
teu poder, me levantou quando não podia alcançar,
pesadelos, e visões que se opunham a cada dia.
foste minha fé, alguém acreditou,
não mudei, não fingi, sou quem sempre fui,
mas hoje, sou quem sou porque esse alguém me amou.
senti as brisas intrépidas, escondi meu coração,
descodifiquei meu tacto, meu cheiro,
toquei o céu, encontrei e senti lá tua mão
é admirável meu reconhecedor tacto, 
criando lágrimas, alegria, tremenda volúpia (...)
reparti meus poderes, aterrorizei com esse facto,
mas o sol que renasce, e cristaliza minha alma (...)
dá-me força, coragem, razão e vitória,
talvez falhasse, ou nem tentasse, por uma palma,
não desisti, reiniciei um plano que elaborei,
com desconhecido conteúdo, sou eu protagonista,
um filme, um sonho, eu já não sei.
acredito na mera ilusão, incerteza (...)
conheço bem essa razão, na qual mudei,
mudou pensamentos, ideias, ventos de firmeza,
alguns, ingénuos, nos quais(...)nunca me fiei.

forever

entras-te na minha vida, tua luz me iluminou
fecha os olhos, e segue teu coração
não dês passos incertos, o jogo ainda agora começou, 
deixa que a tua alma se levante e te guie na escuridão.
reconhece o sexto sentido, sente o sabor
em tempos, aquele corpo que decoras-te
agora, a recordação a que tanto dás valor, 
e no final do dia, já não voltas-te (...)
durante esta noite, não consigo adormecer
guardo meu sonho, e sinto-te em mim
arrepio-me com um suspiro, que não sei entender
acabo por fechar os olhos, e desconheço tal fim.
continuo longe, atravessando a distância,
tu permaneces aqui, perto, ou tão longe (...)
quando o noite caí sinto tua vigilância,
eu desconheço tua existência, serás tu o meu monge? 
e se assim, durar o resto da vida,
não haverá tamanho amor, como quando te amei.
aqueles abraços, olhares, e uma palavra sentida (...)
eu não esqueci, eu guardei, e agora, não sei onde ficarei.
se cair no abismo, um final me aguardará, 
seja bom, ou mau, eu irei só, ficar lá.
forever.

one day (...)

naqueles dias, em que sentes o chão móvel, criar gretas profundas, e o comparas com o teu coração, a soltar a sua fúria de dor, obrigas-te a dar um grito seco, tenso, e  soltar uma lágrima. por momentos, ergues a cabeça, enches os pulmões de ar, e através do oxigénio que os glóbulos vermelhos transportam até ás células, os teus músculos fortalecem e ainda dão uns passos, superam umas barreiras, mas quando olhas para a frente, desistes do caminho desconhecido que se propõe perante ti. o teu corpo, tem limites, e desidrata facilmente, nenhum de nós é Deus, mas também, ninguém é inofensivo, e quando te levantas novamente, sob um grande desafio revés uma recordação marcante na tua vida,  a tua força não mede poderes, recorre ao amor, que vence todos os dias. durante esta prova, um instinto intolerante, alertou de uma imagem que desconhecia, os olhos brilharam e fixaram-se nas nuvens azuis que todos os dias viam, mas desta vez, eram diferentes. o céu estava cinzento, com nuvens umas sob as outras azuis claro, e algumas até brancas,  e por trás delas, via-se um vermelho forte, que o sol elaborou, mas não quis repor perante todos, então, aguardou o momento correcto e disfarçou a sua beleza em tempos quando só o olhar intrépido e regular se atirava aquela imagem. as pupilas fecharam automaticamente, ordenadas pelo cérebro que já se sentia cansado, após tal momento, houve uma cegues que imobilizou a minha mente por segundos, e tornei-me incontrolável. já á muito tempo, que não sentia nada assim o meu corpo destabilizou-se, surgiu um arrepio forte, foi veloz mas mexeu comigo e eu fiquei sem sentidos. deitei-me sob o inseguro, sem medo do lado de baixo do inferno, e não temi o inevitável, deixei-me levar, e até hoje, não sei onde irei parar. Olhei para trás, e bem lá no fundo,  os acontecimentos que me perturbaram, e aquele céu sufocante já não existia (...)

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

M (L)

e quem sabe o dia de amanhã (...) a cada ser lhe é fornecido algo, ao qual chamam, vida! cada um será ciente de lidar consigo mesmo e com a vida em simultâneo. para uns, é uma questão de deixar o tempo passar, para outros, é algo ao que tentam dar uma definição concreta. toda a vida é formada por prazos de tempo limitados, dos quais, dias, horas (...) e por esses prazos de tempo, se seguem alguns tempos formados, nos quais, o passado, o presente, o futuro!
Todos os dias, a nossa mente é um núcleo de informação, na qual se junta essencialmente os momentos e marcas que traçam as nossas vidas, os bons, maus momentos (...) O presente, é aquele que nós definimos, aquele que acontece e nós ainda podemos "mudar". O futuro, é baseado nos sonhos, irrealidades, e acontecimentos onde todos se fiam e quase nenhuns realizam! Eu, não choro o passado como muitos fazem, basicamente, recordo todas as "imagens" mais lúcidas que os meus olhos gravaram na minha mente, e nas visões se recolhem todos os sentimentos que fazem o meu corpo se revolucionam. Não poiso o queixo sob os braços dobrados, não suspiro o oxigénio que os meus pulmões absorveram numa forma de arrependimento,  não lamento os gestos que deixei para trás e os passos mal dados que cometi! todo o ser erra, todo o ser aprende com os erros, todo o ser cresce a aprender.
Presente, uma vida tão distinta em todas as suas faces, todas as personalidades que eu tenho e tantos ou todos  desconhecem, os vértices que me fizeram chegar tantas vezes ao topo e os seus simétricos que me humilharam ao nível mais baixo algum dia alcançado. O passado que vive comigo mas não me tormenta, os arrepios que me definem o corpo apesar de não os interpretar, e todos os sentimentos que tantas vezes ignoro por uma personalidade dura, complicada, difícil  que me define, pela arrogância que crio ao ter um orgulho enorme. Todos os olhares que fazem cegar a interpretação dos  outros, os sorrisos sinicos que fio em muitos e os fazem pensar (...) atitudes que não compreendem e se baseiam no que ouvem dizer! tenho um murmuro que me persegue a vida, uma fama que não me larga por nada, uma enorme inveja criada por tantos que ainda não se encheram, uma grande admiração por outros, e a alguns um desejo de saber o porque, a razão certa de eu ser assim, e como será ser, assim.
o futuro, não o desejo, não o procuro, não o tenciono formar, deixo acontecer. certezas há poucas ou nenhumas,  ninguém adivinha as gotas de água que num segundo se desfazem na crosta terrestre numa noite chuvosa, os raios de sol que invadem a camada de ozono e trazem vitaminas aos seres vivos, ninguém sabe o que, onde, como, quando, e, mais que isso, o porquê?! o tempo mais esperado por todos, o medo de tantos e a incerteza de outros (...) nele,  caracterizo seguramente a minha felicidade! nele, proporciono um monte de inovações e criações inesperadas, nele,  trago o desejo de ser feliz, com quem amo! essencialmente, no futuro, quero-te a meu lado! não sei explicar, mas, quando o nosso passado relativamente ao amor é tão doloroso, quando o nosso coração despedaçado se une em pequenas partículas,  e por fim se constitui de novo, quando após tanto, já não acreditava no amor novamente (...) o meu coração revoltou o  seu sentimento, mais forte que nunca, e não sabendo bem como, desta vez, não o consegui parar, não consegui  ignorar um  sentimento, que no final de contas, seria só mais um, que iria renegar!
 é como se fosse de novo criança e ainda estivesse a aprender a amar, como as crianças aprendem a falar, é como se sentisse a felicidade, como as crianças se sentem ao aprender a andar, é como saber que voltei, como um cego volta a ver! mais que tudo, sou um mudo que volta a falar, e nas minhas primeiras palavras, gritaria ao mundo bem forte sem medo, que estou apaixonada!

amo-te, e mais, não sei.

a minha vizinha x)

eu tinha uma vizinha (...) eis o seu nome: Maria Alice galinha.
tinha um espírito de contradição,
dizia que sim, pensando que não, 
e mesmo sabendo, 
que não tinha razão.

não gosto nada dela,
só me apetece dar-lhe um pontapé, 
para não ser com a panela,
mas fodia-lhe os miolos, e ficava ainda mais tété.

a filha dela dizia:
-MÃE QUERO FAZER XIXIIIIIIIIII!
e ela respondia:
-vai meter uma rolha de cortiça no pipi!


é chata toda a vida, 
sempre a berrar (...)
puta já deve ter o sida, 
já ninguém a consegue aturar!

Ao domingo, fodia-me sempre, 
punha ás 9 da manhã Tony carreira,
sabia que eu estava de ressaca
e que tinha apanhado uma bebedeira. 


era mesmo limpinha,
andava com a roupa 5 dias tais,
para não ser muito variadinha, ´
e as sapatilhas do filho, 3 números a cima, para durar mais!

quando ia para casa (...)
lá a via eu passar na sua mota, 
só me apetecia gritar: BAZA!
porque ela anda toda torta!

parecia um palhaço sem piada,
não sabia metade do que dizia, 
deixava uma pessoa aziada, 
de não saber nem o que fazia.

certo dia, de manhã bem cedo (...)
ia a saltitar buscar o pão, 
com cara de mona, e armada em parva, 
escorregou, e bateu com o cu no chão.

um dia destes vou morrer (...)
tem uma barriga parece uma banheira, 
já nem sei como ei de sobreviver, 
ao ver também aquele cu, tipo uma peneira.

um dia, tentei-lhe dar com um cóio, 
para ver se lhe dava nas trombas.
Mas acertava mais depressa,
naquele decote que carregava aquelas altas bombas.

faço agora disto um objectivo da minha vida, 
eu garanto, que antes de morrer, 
ou morro de morte morrida ou do sida, 
ou terei de a entender!

irrelevante

eu comparei-o em tempos, á força mais fria algum dia conhecida (...) passei por montes e vales, descodifiquei horizontes, com uma raça de vencer tremenda, andei  no inseguro com ausência do presente, e senti-me abandonada, com um futuro intrépido, desconhecido de uma forma alucinante. chorei com a maior raiva presencial num orgulho  medronho que me destruía sentimentalmente, eu venci os fracos e os fortes, com a  personalidade que criei de mim mesma (...) aclamei aqueles que em quem nunca acreditei, resei, por aqueles que já existiram, e agora, desistiram, já sussurrei, por falta de um sentido, que me foi negado! quando me apercebi que transportava uma pedra em gelo revestida de aço e sem sentimentos, ao qual chamava de coração, pensei que nunca mais iria saber amar (...) foi uma dor que me imobilizou, sugou-me todos os sentidos, fazendo de mim, um ser sem sentimento, um "monstro" com uma raiva interior enorme, renunciando os pecados e o amor que não senti!  houve um algo, um alguém que me fez mudar, houve uma personagem que encantou uma historia de luta e de incertezas, e a está a transformar num conto de fadas, houve uma preocupação desse alguém que soube lidar comigo, coisa, que até agora, ninguém soube fazer. aqueceu-me a dor e derreteu um gelo inquebrável em tempos, acariciou o meu ser, e desfez todas as barreiras de qualquer material que me englobavam, compreendeu a minha posição e trouxe-me um sentimento, que o meu coração ignorou, durante tanto tempo. é uma incerteza, é um algo que está a criar em mim, é como se fosse uma nova vida, por um lado, que me faz feliz!
(são pequenas palavras indescritíveis do presente que ela me criou)

das leis, á descriminação

Hoje, cheguei a uma conclusão prévia, a qual andava a estudar a algum tempo.
Após mais uma conversa, desta vez, com adultos, surgiu de novo o tema sobre os homens, as
Mulheres, as famílias, o passado o presente, e o futuro. São várias as opiniões, sinceramente já ouvi de tudo. Hoje, ouvi uma mulher casada com filhos, dizer que sabia que o marido lhe metia os cornos, mas não se prendia por isso, nem lhe fazia diferença. Fiquei á nora, mas ela passou a explicar que para ela um homem só serve para chefe de família e sexo, mesmo que este não seja exclusivo para ela.
Ouvi também mulheres, dizerem que homens, esses, só servem para desgostos, e se mais não fosse, serem dadores de esperma, e ficando por aí (...) bem, são mil e uma as opiniões sobre um homem, vocês sabem, e com certeza já ouviram várias.
Mas, a minha, é diferente de todas (...)
Várias vezes, respondo cinicamente a perguntas do tipo: "como sabes que és lésbica?"
Correspondendo com: "sei, desde que consegui avaliar definitivamente um rapaz (;"
é um pouco parvo, por um lado, mas por outro, é uma realidade (...)eu passo a explicar. Um homem, por mais diferencial que seja de todos os homens, tem sexo por prazer! Que ninguém me diga o contrário -.- Um homem, prende-se a um casamento, e a uma mulher, por amor, sim, em tempos, alguns, nem em tempos, mas todos acabam por estar com uma mulher, num casamento preso, apenas para lhe fazerem TUDO e lhe darem TUDO.
Hoje em dia, um homem não vale nada, como diz a minha mãe: "os homens não passam de parasitas na sociedade que sem nós não valem nada!" as opiniões abstractas são indiferentes, para mim, importa a minha, e começamos pelo inicio do mundo. Consta na Bíblia, que a mulher é feita de um pedaço do corpo do homem, não passando de uma companhia, uma escrava, como se servisse o senhor. Defende a religião o casamento hetero e relações hetero, com que fundamento? Pois, são as tais cenas que ninguém questiona! Mas eu, questiono, oponho-me, e respondo!
Defendem os Padres, Bispos, antigos e indígenas o amor entre o homem e a mulher (...) e porque não defendem o amor entre dois homens? Entre duas mulheres? Será por seguir a tradição que a Bíblia indica, e defender as nossas origens? Ou será apenas porque lhes convém? Não sei, mas para mim, Bíblia, não passa de um monte de folhas escritas por um palerma atolado qualquer que se quis armar em autor de uma comédia romântica (wwoooow *.*)
Podem chamar-me o que quiserem por dizer isto, desta forma, mas é certo! Quem prova que aquilo é verdade, e o que eu digo é mentira? porque defendem eles algo, que não  têm a certeza que existiu, que é assim, que tem de ser assim?! Venham aos montes os ditadores, os religiosos de todo o mundo, venham os navegadores, os escritores, e até os apóstolos de Cristo e os santinhos todos, e que um eles me diga, que não tenho razão, e porque. Não sou contra a igreja, não sou contra o amor hetero, nada disso! Sou sim, a favor do amor, da liberdade de escolha, da igualdade! Não digo estas coisas por mim, digo-as, por pessoas que não têm forças e capacidades para ultrapassar obstáculos que a humanidade cria contra pessoas, que no fundo são totalmente iguais às outras, apenas têm outros sentimentos, e no final de contas, sentimentos, esses, são todos distintos. Apenas defendo os mais "fracos", aqueles a que os ditadores e oponentes da oposição todos os dias tentam "eliminar". É certo, já foi bem pior, já foi pior separarem o mundo por cores, já foi pior, na segunda guerra mundial matarem homens e mulheres homossexuais por acharem que não seriam dignos de criar uma família, tatua-los com triângulos rosa invertidos e abatê-los em campos de concentração!
É a isso, que chamam de justiça?
E a isso, que chamam de igualdade?
Eu não!
O mundo evolui dia após dia, é certo que as mentalidades num modo geral modificam-se e entram na realidade que hoje há! Mas, mesmo assim (...) porque descriminar um negro? Porque simplesmente teve génes dos seus parentes diferentes dos nossos? Pela ciência apontar que têm um tom de pele mais escuro que o nosso? Poupem-me! E porque descriminar um homossexual? Porque simplesmente sente algo que por vezes nem sabe controlar? porque, simplesmente ama uma pessoa do mesmo sexo? POUPEM-ME! Há coisas no mundo incompreensíveis (...) porque chegamos ao ponto de haver pais que batem aos filhos por serem homossexuais? Apenas porque no café os amigos quando souberem vão comentar? Apenas porque a família pode achar inconveniente para a fama do seu nome? Ouçam, isto, é PORTUGAL, ONDE SE FALA DE TUDO, E TODOS! Talvez seja por isso que este é uns pais de merda como o é! Orgulho-me de ser Portuguesa por saber que o povo português é muito bondoso e lutador, mas não é só valores (...) que ninguém diga, que o povo português é o mais falso que pode haver!
São opiniões e mentalidades que têm de ser mudadas! Onde está o cabimento de um pai preferir ver uma filha casada com um homem, nem que seja bêbedo e lhe bata todos os dias, que com uma mulher que a trate bem e lhe de amor? Não há explicação! Porque por a homossexualidade como um defeito em alguém? Isto, é as ideias daqueles que apenas pensam em si, no que possam dizer (...) a minha, mais uma vez, é bastante diferente (...)
As irreverências estão á flor da pele.
Mais uma vez, descrevendo um homem (...) que nome dão a um homem que bebe em excesso, que é casado e passa tardes fora de casa a passear com mulheres, que deixa a mulher e a família em casa sozinha e passa noites, sabe Deus onde, ou melhor, elas sabem, mas por medo, nem dizem! Que tipo de homem é o que chega alcoolizado a casa ás tantas da manhã, faz da mulher uma escrava, e lhe bate mesmo sem razão? QUAL É O TIPO DE HOMEM, QUE DEIXA UMA FILHA?
É por isso que defendem a heterossexualidade? É por isso? Em tempos, um divórcio entre um casal era algo muito vergonhoso, havia milhares de mulheres que sofriam agressões, que trabalhavam para manter uma família, e para poder dar de comer aos filhos, havia vidas e vidas, que só quem por lá passou sabe, apenas para manter um casamento? Uma farsa? Hoje, o divórcio torna-se "moda", porque será? Houve um medo que desapareceu, e agora (...) não há homem que agarre uma mulher! É para isso, que continuam a apoiar a heterossexualidade? Para destruir famílias? Criar suicídios, doenças mentais, infâncias estragadas? (...)
Pois (...)
Não sou contra os casais hetero, não sou mesmo! Sou apenas, contra a mentira! Porque todos os dias, pessoas se casam, pressionadas, sem amar, sem nada sentir, apenas, porque praticamente são obrigadas. e sinceramente, pode quase ninguém saber, pode quase ninguém sentir, apenas nós (...) mas não há amor no mundo, como o amor de um homossexual! E isso, não é mentira, acreditem! Porque, um homem e uma mulher, passam as fazes da vida, normais (...) um casal homossexual, passa por cima de todo o mundo se for preciso, quando se ama de verdade! E digo, com toda a certeza: o amor homossexual, passa de amor, a amizade, a carinho, a felicidade. 

é como o tempo que escorre sem se ver (...)

um dia, parei o tempo, deixei de ver a rotação das nuvens sob a minha cabeça, deixei se sentir a mobilidade do meu corpo em contacto com o solo. respirei fundo, em segundos todo o oxigénio absorvido pelos meus brônquios passaram rapidamente ás células para produzir energia motora. fechei fortemente os pulsos num movimento forte, e seco e senti um aperto subtil no meu coração. desconheço algo mais para além do meu sentido imaginário a partir daí sonhei com tudo o que é teu, me deste, e já não tenho. memorizei, na minha mente, como uma pequena gaveta de um sótão  inutilizável as lágrimas que perdi por erros que o meu corpo não limitou, por mágoas que não tencionava, por saber que o teu coração pedia o meu, e não to entreguei. passou de uma amizade, que parecia evaporar como a água, enquanto o coração se condensava e os meus actos se solidificavam. medi os meus passos e a resolução de todas as contas seriam negativas, não abri mais os olhos, com medo de nesse momento não ter um apoio fixo e cair no abismo, sem ti. deixei o tempo passar, mas encontro-me na mesma posição inicial, imóvel, á tua espera.