sexta-feira, 26 de novembro de 2010

é como o tempo que escorre sem se ver (...)

um dia, parei o tempo, deixei de ver a rotação das nuvens sob a minha cabeça, deixei se sentir a mobilidade do meu corpo em contacto com o solo. respirei fundo, em segundos todo o oxigénio absorvido pelos meus brônquios passaram rapidamente ás células para produzir energia motora. fechei fortemente os pulsos num movimento forte, e seco e senti um aperto subtil no meu coração. desconheço algo mais para além do meu sentido imaginário a partir daí sonhei com tudo o que é teu, me deste, e já não tenho. memorizei, na minha mente, como uma pequena gaveta de um sótão  inutilizável as lágrimas que perdi por erros que o meu corpo não limitou, por mágoas que não tencionava, por saber que o teu coração pedia o meu, e não to entreguei. passou de uma amizade, que parecia evaporar como a água, enquanto o coração se condensava e os meus actos se solidificavam. medi os meus passos e a resolução de todas as contas seriam negativas, não abri mais os olhos, com medo de nesse momento não ter um apoio fixo e cair no abismo, sem ti. deixei o tempo passar, mas encontro-me na mesma posição inicial, imóvel, á tua espera.

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